Sem motivo aparente, sem certeza do que sente ele volta e quer ver o que perdeu. Procura ao seu redor, buscando uma explicação pra essa curiosidade e não consegue entender o que lhe chamou atenção. Um passado tão perto e tão curto, seria assim tão significante?
Ele olha pela janela, buscando uma memória, um lugar na sombra, um som familiar, algo que o leve de volta, mas não encontra. Procura um rosto, mas não vê. Então o que ficou? Será que foi tão curto assim que nem deu tempo de dar motivos pra saudade?
Ele procura um sentimento e a lembrança assusta, lembra da companhia e a saudade bate no vidro da janela, como que dizendo: Olha, tá aqui o seu motivo, você fuçou até encontrar!. A lembrança do início e final tão próximos é o que mais assusta.
Não sente a saudade de ter perto e de querer bem, mas sente a falta dos planos que começara a fazer e das expectativas que ainda tomavam forma. Não houve muito tempo pra apego, mas a presença é sempre real mesmo que por pouco tempo. Sente saudade do que poderia ter sido.
Imagina, porque é só isso que pode fazer e é isso o que faz. Por pouco tempo, pra não perder a razão. Só pra no final estragar tudo outra vez, pra no futuro sentir saudade, lembrar e querer novamente. Tudo se repete, de outras formas, lugares e épocas, mas com o mesmo roteiro e final.
Um comentário:
Pois é. Tudo novamente com ideias diferentes e propósitos iguais: é de uma tamanha frustração, meu caro.
Abração.
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