26 de fevereiro de 2009

Era uma vez uma sereia, um café, um cone de trânsito gay, uma imitação de foca, uma fila de banheiro e o carnaval acontecendo.

loucura meu bem, é como conta a história, muita loucura, assim eu vi e assim contarei. Numa noite ontem muito poderia acontecer, muitos risos, muito pulos e nos sentimos à vontade meio ao povão.

Sim confesso que me rendi aos encantos carnais da festa mais popular do país e confesso também que gostei, mas nada muda quanto à minha opinião sobre as musicas degradantes e o desânimo que sinto em participar, só me rendi a uma turma animada de amigos, meninos bobos que se divertiam à bessa ao passo que a festa rolava. Sem me importar muito com o que seria de mim em meio àquele “vuco-vuco”, decidi experimentar, tentar me divertir e esquecer que odiava gente suada, e barulho demais por perto. Consegui, me senti parte daquilo, não pelas músicas ou pela animação dos bebuns e “piriguetes” que passavam se entrelaçando no estacionamento do estádio Arena da Floresta, mas por ver naqueles meninos uma vontade verdadeira de se divertir, uma vontade de brincar e rir que superou o desconforto. Beber não bebi, porque nem precisei, era tudo tão claro na minha cabeça que a bebida seria um obstáculo na minha diversão, algo muito pequeno pra acabar com a minha noite e me deixar sem eixo.

samba_01Senti-me bem em somente me divertir. Fim da festa, carona certa, dinheiro no bolso pra pegar um taxi e a conversa ainda rolava solta. Crianças correndo e se jogando no chão, pais loucos tentando controlá-las e estava tarde, 01h da manhã, tudo sujo, guardas retirando os bebuns e continuávamos conversando, nada muito há ver com nada, novelas, vida dos outros, os esquecidos da festa. Ríamos de tudo o que parecesse engraçado no momento, nada de mais só risadas soltas em meio a assunto nenhum, risadas em comum. É hora de ir? sim, mas a carona ainda não chegou. Sono chegando, carona chegou, mas saímos pela saída errada. E agora? andar, andar e andar pra chegar ao lugar certo onde nos esperávamos. Ele trabalha na tucandeira, ele passa 24 horas trabalhando, andamos, andamos e chegamos, sono, sono até chegar ao destino.

Pegar um taxi pra chegar em casa ou andar? Tão perto, porque não… Andei, pensei, senti medo das ruas desertas, cansei de subir ladeiras e cheguei ao meu destino final. Banho, roupa limpa e cama, esperar o sono vencer o cansaço e me fazer dormir.

Uma noite louca meu bem, você teria gostado, nada de especial, não gastei dinheiro, não conheci gente importante, não aprendi nada quanto a filosofia, ou como me portar em sociedade, mas aprendi a ser simples mesmo quando parece tão complicado, aprendi meu bem a ser prático e não tentar mudar, ser envolvido foi o que fiz, não lutei contra e foi bom, não me arrependo. Me rendi a um carnaval de risadas, pulos, vexames e imitações de focas e me diverti. Confesso, me diverti…

Um comentário:

Annie Manuela disse...

Legal...
Mas continuo odiando o carnaval!
hauhauhau

Bjks da sua amiga chatilda.