Que eu fui feito no dia e nascido no dia.
Sou o fruto da ironia da falta de esclarecimento.
Fui criado à luz do mundo e do mundo pertenço hoje.
Não fui feito pro escuro onde não sei pisar.
Que eu quis ser mais do que eu deveria, por obrigação de ser.
Sou a expectativa da vontade e o desejo do crescer.
Fui enterrado na saudade e na contagem dos tempos.
Não quis, mas fui. Não fiz, mas disse.
Que das mágoas e das dores, a memória é fraca.
Sou o espécime em experimento dentro do laboratório da consciência.
Fui cercado das dúvidas e das certezas de um final sem sombra de dúvidas.
Não disse pra não me comprometer e comprometi a prova cabal.
Que do que foi, do que será, do que a luz da verdade vai mostrar.
Sou a dúvida do pensamento correto e recto, não digo o mal pra dor não ser maior.
Fui dito e quisto e não chamado nem lembrado.
Não mostrei pra não dever e não ter que mostrar. Guardei. Perdi
Que no final das contas não será do dia que a noite leva a luz e esconde?
Sou o roubo da noite, a luz que vocês querem ter, mas se esconde pra não ir.
Fui retalhado em dia e noite pra forçar a mutação do tempo e o descanso.
Não me dividi, me dupliquei.
Tiago Teles...
Um comentário:
Gostei do blog ,estou seguindo(me segue de volta?)http://alineballetblogspotcom.blogspot.com/
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