11 de março de 2009

Batuque na Concha Acústica


Saí sem programa definido, sem saber nem pra onde iria, mas como sempre fui a algum lugar comum ver coisas comuns. Estava caminhando do canal em rumo à Concha Acústica, ouvi batuques ao longe mas nem poderia imaginar, quando cheguei vi todas aquelas pessoas com roupas parecidas, alguns homens sem camisa, várias crianças correndo e instrumentos de percussão sendo tocados.

Encontrei um amigo que se dizia estar com dor de cabeça de tanto barulho e confesso que no início também me senti desconfortável com tanto barulho sem propósito. Enquanto conversávamos o som rolava, algumas vezes eles sentavam-se e era possível ouvi-los conversando sobre os sons que eram produzidos de acordo com as diferentes batidas no bumbo e sobre a história do Maracatu.

Mais uma amigo chegou e o batuque continuava. Fui me envolvendo com o som e achei muito interessante, as batidas eram contagiantes e vê-los tão envolvidos com o ritmo era algo estimulante. Minha cabeça parecia que explodiria de dor, não pelo som, mas por uma crise de rinite. Conversávamos, às vezes precisávamos gritar, olhávamos, riamos de algumas situações e uma questão surgiu. Porque eles têm tantos filhos? só uma mulher tinha um nos braços, um no carrinho, outro com seu marido e outro correndo pelos degraus.

Amor livre foi a melhor teoria que encontramos, ou simplesmente a vontade de ter vários filhos, vai se saber, mas pareciam felizes então é o que vale. Algumas pessoas passavam e estranhavam, outras olhavam e se perguntavam o que poderia ser aquilo, muitos olhares de preconceito e outros de contemplação, quem sentou na arquibancada e parou pra ouvir não se arrependeu, era uma expressão cultural que merecia ser apreciada, além de um exemplo de valorização da raça brasileira que não se vê todos os dias.

Um comentário:

Annie Manuela disse...

hauhauhau
Amor livre eh???
hauhauhauhau

Bjks.